A Casca Cristalina e o Resgate no Uno Vermelho
A jornada começou no silêncio do deserto. A viajante, subitamente em uma estrada de chão batido, via apenas a vastidão de árvores e um pavilhão enorme e mudo ao longe. Uma solidão cortante a envolveu, e o medo começou a apertar, tornando-a vulnerável naquele lugar desconhecido.
A salvação veio no som de água. Seguindo-o até uma encosta, ela descobriu a beleza revigorante de um rio de pedras e uma cascata linda e cristalina. Correu para lá, brincando na água, tentando afastar a sensação opressiva de estar sendo observada.
O pânico retornou de forma avassaladora. Ao olhar para o lado, viu dois homens de aparência estranha e assustadora se aproximando. O coração gelou; a certeza de que eram perigosos e que estavam ali por causa dela a paralisou.
De repente, um milagre mecânico surgiu na poeira: um Uno vermelho correndo rápido. A esperança floresceu quando o carro parou e revelou a figura amada e confiável de um homem, acompanhado de sua esposa, a filha adolescente e o filho pequeno.
Ao abrir a porta, a frase que dissolveu todo o medo foi dita com uma calma que era um comando: “Viemos te buscar.”
A viajante, em seu alívio indescritível, expressou sua admiração por ele. Nesse momento, os dois homens sombrios simplesmente desapareceram.
Após uma breve e serena pausa na cachoeira, onde o menino se encantou com a água, eles retornaram ao pavilhão na estrada. A tranquilidade foi curta. As luzes do pavilhão começaram a piscar: uma, duas vezes. Na terceira piscada, a urgência tomou conta do semblante do homem.
“Temos que ir. Temos que ir agora,” ele alertou.
A viajante despertou no instante exato, trazendo consigo a certeza de que aquele homem e sua família haviam sido seus guias de luz, enviados pela espiritualidade para resgatá-la de um lugar de pouca luz.
Com gratidão profunda, ela entende que, na sua caminhada de aprendizagem na Terra, a confiança e a admiração que nutre por ele foram usadas como a ponte para sua salvação.
Um sonho, um resgate
