Por que existem tantas religiões no mundo?
Com tantas religiões no mundo eu sempre me perguntei, quem esta certo e quem esta errado. Então como um bom curioso, pesquisei para ver as diferenças entre elas e analisar cada uma.
Respondendo a pergunta, essa multiplicidade se da devido a complexidade da natureza humana ao longo da história, divisões geográficas, diversidade de culturas e a busca contínua por significado, propósito e conexão com algo maior do que nós mesmos.
Porém as duas maiores do mundo, Cristianismo e Islamismo compartilham diversas similaridades interessantes, sendo as principais:
Monoteísmo: Ambas são religiões estritamente monoteístas, acreditando em um único Deus todo-poderoso e criador do universo. No Cristianismo, Deus é conhecido como Pai, Filho (Jesus Cristo) e Espírito Santo (a Trindade), enquanto no Islamismo, Deus é conhecido como Allah (que significa “O Deus”).
Origem Abraâmica: Ambas as religiões traçam sua origem até Abraão (Ibrahim em árabe), considerado um profeta e patriarca fundamental em ambas as tradições. Eles compartilham histórias sobre Abraão, seus filhos Ismael e Isaac, e seus descendentes.
Profetas: Ambas as religiões reconhecem uma linhagem de profetas enviados por Deus. Muitos profetas são reconhecidos por ambas as fés, embora possam ser vistos em diferentes perspectivas. Alguns exemplos incluem Adão, Noé, Abraão, Moisés e vários outros. O Cristianismo considera Jesus Cristo como o Filho de Deus e o Messias, enquanto o Islamismo o vê como um importante profeta, mas não como divino. O Islamismo considera Muhammad como o último e maior dos profetas.
Escrituras Sagradas: Ambas as religiões possuem livros sagrados que consideram a palavra de Deus. Para os cristãos, a Bíblia (Antigo e Novo Testamentos) é a escritura sagrada. Para os muçulmanos, o Alcorão é a palavra literal de Deus revelada a Muhammad.
Vida Após a Morte e Julgamento Final: Ambas as religiões acreditam em uma vida após a morte, onde as pessoas serão recompensadas ou punidas com base em suas ações na vida terrena. Elas também compartilham a crença em um Dia do Juízo Final, onde Deus julgará toda a humanidade.
Moralidade e Ética: Ambas as religiões enfatizam a importância de uma conduta moral e ética, com códigos de comportamento que guiam os fiéis em suas vidas. Elas compartilham muitos valores morais, como honestidade, justiça, caridade, compaixão e respeito pelos outros.
Oração e Adoração: Ambas as religiões praticam formas de oração e adoração a Deus. Os cristãos têm diversas formas de oração e culto, enquanto os muçulmanos realizam cinco orações diárias (Salat) voltadas para a Caaba em Meca.
Anjos e Demônios: Ambas as religiões acreditam na existência de seres espirituais, incluindo anjos (mensageiros de Deus) e demônios (forças do mal lideradas por Satanás/Shaytan).
Jerusalém: A cidade de Jerusalém é considerada sagrada por ambas as religiões, tendo um significado histórico e religioso importante para judeus, cristãos e muçulmanos.
O Espiritismo foi aos poucos se apresentando de forma natural para mim. Sempre de mente aberta, comecei a buscar mais informações, analisar a doutrina. Vi então, que além de ser uma unificadora das crenças religiosas, ela traz muitos esclarecimentos em outras áreas que tenho curiosidade, como ciência, astronomia, história e medicina.
Espiritismo
A Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, oferece uma perspectiva abrangente sobre a diversidade de religiões e tradições ao redor do mundo, buscando compreender as causas e os propósitos dessa pluralidade. Aqui estão alguns pontos-chave da visão espírita sobre o tema:
1. Unidade da Origem Divina:
No espiritismo acredita-se que todas as religiões têm uma origem divina comum, pois Deus é a fonte de toda a sabedoria e amor.
As diferentes religiões são vistas como manifestações diversas da mesma verdade fundamental, adaptadas aos diferentes estágios de evolução, grau de compreensão e às necessidades de cada povo, região e época.
2. Revelação Progressiva:
A Doutrina Espírita defende a ideia de revelação progressiva, ou seja, Deus se revela gradualmente à humanidade ao longo do tempo, por meio de diferentes mensageiros e profetas.
Cada religião representa uma etapa dessa revelação progressiva, trazendo ensinamentos e princípios morais adequados ao nível de compreensão da humanidade em cada época.
3. Missão dos Espíritos Superiores:
Os espíritas acreditam que os Espíritos Superiores, mensageiros de Deus, desempenham um papel fundamental na orientação e no desenvolvimento das religiões.
Esses Espíritos inspiram e guiam os fundadores e líderes religiosos, transmitindo ensinamentos e princípios morais que visam ao progresso da humanidade.
4. Livre-Arbítrio e Diversidade:
A Doutrina Espírita valoriza o livre-arbítrio, a capacidade de cada indivíduo escolher seu próprio caminho espiritual.
A diversidade de religiões e tradições é vista como uma consequência natural do livre-arbítrio humano, permitindo que cada pessoa encontre a forma de fé que melhor se adapta às suas necessidades e aspirações.
5. Busca pela Verdade e União:
Os espíritas defendem a importância do diálogo inter-religioso e da busca pela verdade em todas as religiões.
Acreditam que, ao reconhecer a unidade da origem divina e os princípios morais universais, as diferentes religiões podem se unir em um esforço comum para promover a paz, a fraternidade e o progresso da humanidade.
Em resumo, a Doutrina Espírita vê a diversidade de religiões e tradições como uma manifestação da sabedoria divina, que se adapta às necessidades e ao livre-arbítrio dos espíritos, visando ao progresso espiritual de todos os seres. Então devemos deixar de lado a questão de quem esta certo ou errado e sim buscar na essência das diversas crenças os princípios mais básicos que são necessários para a evolução espiritual.
A Doutrina Espírita é frequentemente debatida quanto à sua classificação como religião. A própria doutrina, codificada por Allan Kardec, se define como tendo três aspectos fundamentais: científico, filosófico e moral, com consequências religiosas.
Argumentos para considerar o Espiritismo como religião:
Crença em Deus: O Espiritismo postula a existência de Deus como inteligência suprema e causa primária de todas as coisas.
Moralidade: Possui um código moral bem definido, baseado nos ensinamentos de Jesus Cristo, incentivando a prática do bem e a reforma íntima.
Comunidade de Fé: Reúne pessoas que compartilham crenças e práticas em torno dos princípios espíritas.
Busca por Sentido: Oferece explicações sobre a origem, o propósito da vida e o destino dos seres humanos, questões centrais para muitas religiões.
Prática de Caridade: A prática da caridade é um dos pilares do Espiritismo, com diversas instituições que auxiliam o próximo.
Argumentos para não considerar o Espiritismo como religião (no sentido tradicional):
Ausência de Rituais Formais: O Espiritismo geralmente não possui rituais elaborados, sacramentos ou cultos formais como em outras religiões.
Ausência de Clero: Não há uma hierarquia clerical estabelecida na Doutrina Espírita. As atividades são geralmente conduzidas por voluntários.
Ênfase na Razão e na Ciência: O Espiritismo busca compreender os fenômenos espirituais através da razão e da observação, utilizando um método que se assemelha ao científico.
Liberdade de Consciência: A doutrina prega a liberdade de consciência e o livre exame, incentivando o estudo e a reflexão individual sobre seus princípios.
Foco na Evolução: O Espiritismo enfatiza a evolução espiritual contínua através da reencarnação, um conceito que o diferencia de muitas religiões tradicionais.
Conclusão:
A classificação do Espiritismo como religião depende da definição que se utiliza para o termo. Se considerarmos os aspectos de crença em Deus, moralidade e comunidade de fé, o Espiritismo pode ser visto como uma religião. No entanto, sua ênfase na razão, na ciência, a ausência de rituais formais e clero o distinguem das religiões tradicionais.
Muitos espíritas preferem descrever o Espiritismo como uma filosofia com consequências religiosas, ou como uma ciência que trata das relações entre o mundo espiritual e o mundo corporal.
Em última análise, a percepção se o Espiritismo é ou não uma religião pode variar de pessoa para pessoa. O importante é compreender a natureza multifacetada da doutrina e seus princípios fundamentais.
Com esse entendimento vamos situar algumas das maiores religiões no tempo, local e livros sagrados:
Religiões Abraâmicas:
Judaísmo:
Livros Sagrados: Torá (Pentateuco), Tanakh (Bíblia Hebraica), Talmud
Origem: Aproximadamente 2000 a.C. (com Abraão)
Regiões de atuação: Israel, Estados Unidos, Europa, e comunidades judaicas em todo o mundo.
Cristianismo:
Livro Sagrado: Bíblia (Antigo e Novo Testamento)
Origem: Aproximadamente 30 d.C. (com Jesus Cristo)
Regiões de atuação: Global, com grande presença na Europa, Américas, África e Ásia.
Islamismo:
Livro Sagrado: Alcorão
Origem: Aproximadamente 610 d.C. (com o profeta Maomé)
Regiões de atuação: Oriente Médio, Norte da África, Ásia Central, Sudeste Asiático, e comunidades muçulmanas em todo o mundo.
Religiões Dharmicas:
Hinduísmo:
Livros Sagrados: Vedas, Upanishads, Bhagavad Gita, Puranas
Origem: Aproximadamente 1500 a.C. (com os Vedas)
Regiões de atuação: Índia, Nepal, e comunidades hindus em todo o mundo.
Budismo:
Livros Sagrados: Tripitaka (Pali Canon), Sutras Mahayana
Origem: Aproximadamente 500 a.C. (com Siddhartha Gautama, o Buda)
Regiões de atuação: Ásia, com diferentes escolas e tradições em países como Tailândia, Japão, China, Tibete e outros.
Sikhismo:
Livro Sagrado: Guru Granth Sahib
Origem: Início do século XVI d.C. (com Guru Nanak)
Regiões de atuação: Principalmente na região de Punjab, na Índia, e comunidades sikhs em todo o mundo.
Outras Religiões:
Bahá’í:
Livro Sagrado: Kitáb-i-Aqdas
Origem: Século XIX d.C. (com Bahá’u’lláh)
Regiões de atuação: Global, com comunidades em muitos países.
Xintoísmo:
Livros Sagrados: Kojiki, Nihon Shoki
Origem: Período antigo do Japão, com registros escritos a partir do século VIII d.C.
Regiões de atuação: Principalmente no Japão.
Confucionismo:
Livro Sagrado: Analectos
Origem: Aproximadamente século VI-V a.C. (com Confúcio)
Regiões de atuação: Principalmente na China e em comunidades chinesas em todo o mundo.
Taoísmo:
Livro Sagrado: Tao Te Ching
Origem: Aproximadamente século VI a.C. (com Lao Tsé)
Regiões de atuação: Principalmente na China e em comunidades taoístas em todo o mundo.
É importante lembrar que esses dados são aproximados e que a história e caracteristicas de cada religião é rica e complexa.